quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Dor lombar - um mal em grande escala

Horas a fio sentados a trabalhar em frente a um computador ou em pé, por exemplo à frente duma turma: essas tarefas – que podem acarretar dor nas costas, principalmente na região lombar – fazem parte da rotina da maioria dos profissionais técnico-administrativos, pesquisadores, profissionais liberais e professores nas universidades.
 
Muitos têm sido os estudos para avaliar a frequência e os fatores associados à dor lombar na comunidade. Segundo os estudos, entre os profissionais com episódio de dor lombar, seis em cada dez relataram que esse desconforto foi responsável por dificuldades na realização do trabalho e de outras atividades cotidianas.
 
Foi também constatada uma frequência de dor lombar maior para o sexo feminino. As mulheres apresentam maiores queixas de dor, possivelmente em decorrência de algumas características, tais como, menor massa óssea, menor resistência muscular e articulações mais instáveis, e em função da sua força muscular ser 30% menor do que a dos homens, em média.
 
Ao contrário do que sugere o senso comum, faixas etárias mais avançadas mostram menor prevalência de dor lombar. Uma plausível justificação seria o fato dos indivíduos com mais idade exercerem mais cargos de chefia, não sendo submetidos a uma sobrecarga na coluna.
 
Há que destacar ainda todos os outros fatores envolvidos no aparecimento da dor lombar: posturas inadequadas, movimentos repetitivos, tensão muscular e stress. Sabe-se ainda que as pessoas passam grande parte do tempo trabalhando e submetidas a exigências e demandas físicas e psíquicas capazes de produzir desgaste.
 
Ao ser hoje incontestável que, o aumento crescente das lesões músculo-esqueléticas em todo o mundo, inclusive em Portugal, afeta trabalhadores e entidades empregadoras e está na origem de elevados níveis de absentismo, de incapacidades e, até, de morbilidade, a prevenção das Lesões Musculo Esqueléticas Relacionadas com o Trabalho (LMERT), através de programas de intervenção específicos, surge da necessidade de antecipar a probabilidade de ocorrência deste tipo de lesões. 

Lombalgia é o nome técnico para a dor na coluna lombar

Causas:

• A maioria dos pacientes desenvolve a lombalgia devido a posturas inadequadas, sobrecargas posturais, excesso de peso, fraqueza da musculatura abdominal e/ou glútea e encurtamentos musculares.
• Apenas 10% dos casos são atribuídos a doenças degenerativas, inflamatórias, infecciosas e tumurais.
• A dor também pode ser resultado da má qualidade do sono, fadiga e falta de exercício.
 

Tipos:
 

Lombalgia Aguda é a dor nas costas que permanece menos de 6 semanas.O prognóstico costuma ser bom e a dor desaparece por completo com fisioterapia, atitudes saudáveis e exercícios regulares.
 
Lombalgia Crónica a dor ultrapassa o período de 2 meses ou repete-se com mais frequência, podendo ou não estar associada a lesões. Os pacientes costumam apresentar alterações estruturais, quadro de doenças degenerativas ou musculo ligamentares.

 
PREVINA-SE
 
Exercícios físicos são sempre benéficos, desde que devidamente acompanhados por profissionais capacitados e credenciados, para que os mesmos possam ser executados de acordo com as condições e limitações de cada pessoa.

 
Texto de Fisioterapeuta Cláudia Candelária
 
 

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