segunda-feira, 9 de junho de 2014

Haverá diferenças na alimentação de quem dorme pouco, muito ou se enquadra no padrão médio de sono?

"Estudos epidemiológicos provam que quem dorme pouco vive menos", ressalva Dalva Poyares, neurologista do Instituto do Sono, em São Paulo.

O nosso organismo organiza-se por ciclos circadianos (palavra latina que significa "cerca de um dia"), ou seja, as hormonas são todas reguladas para estarem em diferentes quantidades durante as 24 horas do dia. Se dormirmos pouco, há uma alteração nessa ordem, inclusive na grelina e leptina, as hormonas relacionadas com a saciedade!

"De acordo com pesquisas, as pessoas que dormem poucas horas de sono (menos de seis horas) têm índice de massa corporal (IMC) maior do que aqueles que dormem entre sete a oito horas", considera Angela Lana.

Normalmente, os efeitos maiores da obesidade são percebidos após longos períodos de dormida, mas mesmo após uma noite com menos horas de sono já é possível perceber algumas alterações no apetite, como uma maior vontade de consumir açúcar, como aponta Lorenzi.

Conclusões de um estudo publicado no jornal «Appetite» indicam que as pessoas que passam escassas ou muitas horas na cama têm uma alimentação muito menos variada do que quem se enquadra na média de horas de sono. As pessoas que por norma dormem menos de cinco horas ingerem mais calorias, bebem menos água, ingerem menos lipoceno (nutriente presente, por exemplo, no tomate e na laranja) e hidratos de carbono complexos.

As pessoas que dormem entre cinco a seis horas não privilegiam fontes de vitamina C, água, selénio (presente nos frutos secos) mas ingerem mais luteína e zeaxantina, fornecidos pelos vegetais de folha verde.

Já quem dorme mais de nove horas, bebe mais álcool mas ingere menos colina (fornecido pelos ovos), teobrimina (presente no chocolate e no chá), hidratos de carbono ou um tipo de gordura saturada.

Por isso, a Personal Trainers Algarve aconselha a dormir bem, entre as sete e as oito horas por dia, a praticar atividade física, a ter hábitos saudáveis e uma alimentação saudável, pois de certeza que o seu corpo e a sua saúde agradecem.

 

Texto de João Martins

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