A Suécia foi o primeiro país ocidental a criar
diretrizes alimentares que rejeitam o dogma das dietas baixas em gordura, em
detrimento de dietas pobres em hidratos de
carbono (HC) e ricas em gordura.
Esta posição foi tomada após o conhecimento de um
estudo de dois anos realizado pelo “Conselho sueco de Avaliação de Tecnologias
em Saúde”, onde este último analisou mais de 16000 estudos publicados até 31 de
Maio de 2013.
Algumas das considerações mais importantes foram
lançadas por Andreas Eenfeldt, médico sueco, que sugeriu que os marcadores de saúde melhorariam com este tipo de dieta. Ele afirmou "o aumento do colesterol HDL (bom colesterol) sem ter qualquer efeito adverso no colesterol LDL (mau colesterol) para dietas com uma ingestão moderada de HC, menos de 40% do consumo total de energia, bem como para dietas mais rigorosas a esse nível. Além disso, a dieta mais rigorosa ao nível do consumo de HC, iria também contribuir para melhores níveis de glicose para indivíduos com diabetes e obesos".
Esta posição é um volte de face relativamente ao que foi defendido nos últimos anos, tornando as dietas baixas em HC e ricas em gordura como as mais eficazes no combate à obesidade, para esta instituição.
Foram também objeto de análise várias "verdades" que se pensava constituir o paradigma de uma alimentação ideal e evidenciando que, para grande parte das pessoas, um aumento da ingestão de gorduras significa que ficarão mais saciadas por mais tempo, sem a necessidade de comer "de 5 em 5 minutos".
Será que medidas idênticas serão tomadas noutros países, a par do que aconteceu na Suécia? É algo que apenas o tempo dirá. Contudo, cada indivíduo deverá fazer a sua pesquisa para entender os verdadeiros fatos por detrás de uma dieta saudável e procurar ajuda nesse sentido, se for o caso.
Texto de Tiago Gago
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