segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Mobilidade e estabilidade articular

O corpo humano é composto por músculos, estrutura óssea, ligamentos e tendões. Todos eles são elementos biológicos vivos irrigados por capilares.
 
No entanto, os músculos são irrigados de um modo mais eficiente, como tal, desenvolvem-se mais rapidamente que as outras estruturas.
 
Tendo em vista a saúde do sistema muscular geral, é necessário para além do treino de força muscular, integrar exercícios de fortalecimento e mobilidade articular.
 
A mobilidade articular traduz-se essencialmente em liberdade de movimento, necessitando de uma correta extensibilidade dos tecidos e amplitude das articulações. Tecidos e articulações saudáveis contribuem para o movimento de acordo com a estrutura humana.
 
Quando a mobilidade está limitada, essa estrutura poderá ficar comprometida em alguma região, surgindo compensações, assimetrias, perdas de eficiência, alinhamento deficiente e más posturas.
 
O corpo humano é formado por várias articulações que desempenham diferentes funções. Enquanto umas asseguram funções predominantemente de mobilidade outras asseguram estabilidade, nomeadamente:

tornozelo - mobilidade

joelho - estabilidade

anca - mobilidade

coluna lombar - estabilidade

coluna torácica - mobilidade

cintura escapular - estabilidade

glenoumeral - mobilidade

Quando uma região responsável pela mobilidade vê o seu movimento comprometido estamos perante um desequilíbrio. Dá-se então início a um processo de compensação, em que o corpo procura mobilidade numa zona de estabilidade, culminando na sobrecarga de zonas como: joelho, coluna lombar, cotovelo.
 
Dadas as suas distintas funções, cada articulação deverá ter abordagens de avaliação e treino específicos. Deverá ser feita uma bateria de testes de avaliação para identificar potenciais desequilíbrios e posteriormente adequar o plano de treino de modo a evitar lesões de sobrecarga.
 
Assim sendo, no tornozelo deverá ser trabalhada a mobilidade, no joelho a estabilidade, na anca a mobilidade e à medida que o treino vai subindo a cadeia corporal, deverá garantir-se que as articulações alternam ao longo da cadeia corporal as funções de mobilidade e a estabilidade.
 
Uma limitação numa articulação poderá refletir-se num problema numa área mais acima ou mais abaixo. Sempre que uma zona móvel perde mobilidade e se torna imóvel, a zona estável que se encontra mais acima ou mais abaixo é obrigada a mover-se como compensação, perdendo estabilidade e resultando em dor nessa área.
 
Um caso claro de compensação que poderá culminar em dor e limita a vida desportiva e laboral de cada vez mais pessoas é o das famosas dores lombares. Sempre que a anca não se move plenamente, a zona lombar será obrigada a desempenhar esse papel, realizando movimentos para os quais não foi concebida.
 
Seguindo este raciocínio, a falta de mobilidade no tornozelo pode resultar em dores e, em última instância, lesão num joelho. Falta de mobilidade na anca, como vimos, poderá comprometer a zona lombar, tal como a falta de mobilidade na zona torácica poderá ter a mesma consequência no pescoço, ombro ou lombar.
 
Um treino pobre em mobilidade articular poderá fazer soar um alarme. Esse alarme é a dor.
 
Um profissional habilitado poderá analisar as suas principais limitações físicas e manifestações de desconforto através de uma bateria de testes específica para esse efeito e, a partir daí, dar início ao processo de treino mais seguro e adequado à sua saúde, prevenindo lesões e melhorando não só o seu bem-estar físico e emocional como a sua produtividade.
 
A Personal Trainers Algarve aconselha-o então a ser prudente e exigente na sua escolha pois a sua saúde merece estar em boas mãos!
 
 
Texto de Gonçalo André

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